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Sem funding o setor não consegue se desenvolver, diz vice-presidente da CBIC



A live ‘Quintas da CBIC’, promovida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta quinta-feira (9), abordou o tema ‘Funding para Construtoras e Incorporadoras’. De acordo com o vice-presidente financeiro da CBIC, Eduardo Aroeira, o tema é essencial para o desenvolvimento da indústria da construção. “O funding é o sangue do nosso mercado imobiliário. Sem funding a gente não consegue se mover, se desenvolver. Isso é estratégico não apenas para nossas empresas, mas também para o desenvolvimento do país”, enfatizou.

Durante a live, Clausens Duarte, vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC, enfatizou a importância do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ele mencionou que o FGTS é um dos maiores fundos privados do país e é essencial para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, sendo atualmente a única fonte de recursos que financia habitação de interesse social, saneamento e infraestrutura.

Apesar do orçamento recorde para o Fundo este ano, Duarte ressaltou que o mercado está reagindo positivamente às melhorias e benefícios oferecidos pelo programa Minha Casa, Minha Vida. No entanto, ele expressou preocupação com a possível falta de recursos até o final do ano, destacando a necessidade de suplementação. “Muito provavelmente, faltarão recursos e precisaremos de suplementação. Temos receios quanto a algumas ameaças constantes que desviam recursos da habitação, que é o maior sonho de qualquer família, para o sistema bancário. O saque aniversário já retirou mais de R$ 150 bilhões em liquidez do fundo”, afirmou.

Diante deste cenário, Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, destacou a importância estratégica de outros fundings disponíveis no mercado, principalmente para as pequenas e médias empresas. Petrucci destacou algumas iniciativas anunciadas pelo Governo Federal na tentativa de incentivar o crédito imobiliário, como a criação de uma grande securitizadora. 

“É fundamental para o nosso mercado ter financiamento adequado para o desenvolvimento dos nossos empreendimentos. Considerando a soma de fontes como a poupança e o Fundo de Garantia, dispomos de cerca de R$ 2,2 trilhões. No entanto, o mercado imobiliário necessitará de mais. Portanto, qualquer apoio que atenda às nossas necessidades será muito bem-vindo”, disse. 

Para Betinha Nascimento, vice-presidente de Crédito da CBIC, é preciso considerar o funding como injeção na veia para as pequenas e médias empresas. “É muito importante para que a gente gere riqueza, emprego e renda”, afirmou. Além disso, Betinha apontou, como uma das maiores preocupações da região Nordeste do país, a falta de capital de giro para as empresas. “Nossas empresas precisam de funding para a gente programar, crescer e fazer acontecer o nosso país”. 

O convidado Volnei Eyng, CEO da Multiplike, considerou uma afronta a desmobilização do FGTS para a habitação e apontou a importância de estar atento às mudanças nos processos de contratação que já acontecem. “Hoje nós contamos com novos modelos de trabalho que já vem diminuindo o vínculo trabalhista, é importante estar atento”, disse. 

Além disso, Eyng destacou que o perfil da população está mudando, com inclusão de novas tecnologias e plataformas digitais, é preciso também atenção com os modelos antigos. “Com toda a facilidade de investimento e novas modalidades, a poupança, por exemplo, é um recurso que a médio prazo vai acabar diminuindo. É preciso pensar em novas soluções”, disse. 

Ainda durante o encontro, Eyng destacou o trabalho realizado pela empresa especialista em crédito para construtoras e apontou algumas possíveis soluções para o tema debatido. 


O tema tem interface com o projeto “Melhoria da Produtividade, Competitividade e Empregabilidade do Mercado Imobiliário”, da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e com o projeto “Responsabilidade Social na Indústria da Construção”, objetivo 2.6 – “Segurança habitacional e moradia digna ao trabalhador”, da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS) da CBIC, em correalização com o Serviço Social da Indústria (Sesi).

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