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STARTUPS DE TECNOLOGIA PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

Diariamente somos surpreendidos por novas formas de enxergar o mundo e de superar os desafios da sociedade, com soluções que até bem pouco tempo pareceriam ficção. A capacidade inventiva do ser humano para tornar os processos mais eficientes e lidar com a escassez de recursos é realmente maravilhosa e, quando associada ao objetivo de tornar o planeta mais sustentável, impulsiona efetivamente o nosso progresso.


Assim também tem acontecido na engenharia, com novas formas de projetar e construir, mais seguras, mais equilibradas, e com melhores níveis de desempenho.


Para ilustrar as novas fronteiras da construção civil, a CBInsights, que atua na avaliação de tendências sob a ótica da inovação, publicou recentemente uma lista com 100 startups de tecnologia para construção civil com potencial de influenciar as práticas do mercado nos próximos anos. Associando tendências de investimento de fundos com vocação para inovação, patentes, dados de websites, notícias em veículos não convencionais, a plataforma reuniu em 13 categorias, com aplicação de conceitos de TI, as principais tendências de inovação para a construção civil, traduzidas em novas ferramentas de projeto, uso de robôs, drones, compartilhamento de recursos, realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR), gestão de riscos, entre outros.


Na área de robótica, 4 startups se destacaram. A sueca CBOT, que trabalha com plataformas para mobile está desenvolvendo solução automatizada para assentamento de placas de revestimento de piso.

Já a americana Construction Robotics, trabalha com robôs para execução de alvenarias, com apoio de pedreiros, que ficam responsáveis pelo abastecimento de argamassa e de blocos ao equipamento, além de responderem pelo acabamento das juntas. Instalado sobre uma plataforma elevatória, o robô tem sensores que permitem o seu movimento através de rodas ao longo da plataforma.


O robô da empresa, apelidado de SAM100, do inglês (Semi-Automated Mason), monitora a distância entre a plataforma sobre a qual está instalado e a parede, e corrige seus movimentos para compensar oscilações naturais que acontecem em plataformas suspensas. Com uma produtividade 6 x maior do que a de um pedreiro, aplica a argamassa aos blocos antes de realizar o assentamento.


Após a instalação da plataforma, o robô deve ser parametrizado a partir dos eixos de referência da obra, para permitir a execução das paredes no plano correto, e ao mesmo tempo, permitir que acate informações de projetos, como a execução dos vãos para janelas na devida posição.

Já a startup indiana Endless Robotics está trabalhando no seu primeiro robô, dedicado aos serviços de pintura, com uma produtividade esperada de cerca de 5,5 m²/minuto.

Por sua vez a empresa americana Cooper Gray Robotics, desenvolveu a plataforma Smart ControlT (sistema operacional e hardware), para tornar remota a operação de grandes equipamentos utilizados na agricultura, engenharia florestal e construção civil. A plataforma utiliza recursos como scanners, radares, mapeamento por infravermelho e GPS para a operação de equipamentos.


No segmento de impressão 3D, já há uma série de startups trabalhando com diferentes materiais, principalmente compósitos à base de cimento. Já a holandesa MX3D, está trabalhando em projetos de impressão utilizado metal a partir da adaptação de robôs empregados normalmente na indústria. Em parceria com grandes empresas, e com competências complementares: Autodesk, ABB (ASEA Brown Boveri), Heijmans, Air Liquide, Arcelor Mittal, entre outras, a startup tem desenvolvido impressões 3D a partir da conformação de estruturas espaciais à base de solda.

Há ainda uma série de outras ideias sendo exploradas por startups pelo mundo. Exemplo disto vem da startup americana Pillar Technologies, especializada em monitorar e prevenir riscos de construção. Com o uso de sensores na obra e tecnologia wireless, monitora remotamente condições de canteiros de obras: temperatura, umidade, pressão, quantidade de particulado em suspensão no ar, níveis de compostos voláteis, níveis de ruído e fumaça. Com isto, é possível realizar avaliações em tempo real das condições gerais do canteiro, e rápidas intervenções para reduzir riscos e danos relacionados a eventuais sinistros, como por exemplo: incêndios, altos níveis de umidade, condições propícias à mofo, vazamentos, entre outros.


A agência Bloomberg noticiou que nos últimos seis anos, o investimento em empresas de tecnologia voltadas para construção civil quintuplicou, e que a sua presença tem sido cada vez maior no segmento, aumentando o potencial de inovações disruptivas, segundo a PWC (PricewaterhouseCoopers), com foco em processos mais eficientes.


Agradecimento: Engº Eduardo Tassi Damião

Referências:

https://www.cbinsights.com/

http://www.cbot.se/

https://endlessrobotics.com/

http://www.construction-robotics.com/

http://robotloader.com/

https://mx3d.com/

http://pillar.tech/

https://www.bloomberg.com/news/videos/2016-11-15/a-startup-s-plan-to-disrupt-the-construction-industry

https://www.pwc.com/us/en/industrial-products/publications/engineering-construction-quarterly-deals-insights.html

https://www.cbinsights.com/research/real-estate-tech-startup-funding/



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